terça-feira, 1 de junho de 2010

Make the ball happy!!

De técnico de futebol todos temos um pouco, parece simples e fácil observar um jogo, ver o que está acontecendo e ajustar o time, mas será que é só isso mesmo?

Acho que sou da velha guarda, por isso sou fã de um 4-4-2 clássico, mas não tão básico.

Zaga: dois zagueiros, um central e um quarto zagueiro. Não vou me aprofundar muito aqui, se eu fosse escolher uma posição pra jogar futebol sério, escolheria a quarta zaga. Pra mim quarto zagueiro tem que estar no lugar certo e no momento certo sempre.

Lateral: pelo menos um dos dois laterais tem que ser acima da média, não dá pra jogar com laterais meia-boca, e lateral tem que sofrer em campo. Atacar na medida do possível e dar cobertura para a zaga.

Volante: Aqui eu entro no ponto crucial do que se baseia um time pra mim, e um bom time se constroi em torno de seus volantes. Nunca fui fã de volantes que só servem para desarmar jogadas, e hoje mais do que nunca volante tem que saber o que fazer com a bola nos pés, você até pode ter um primeiro volante como por exemplo o Pierre do Palmeiras, que é um exímio ladrão de bola e que não faz muitas falta, porém seu segundo volante teria que ser craque, pra jogar por ele e pelo que fica faltando no primeiro volante. Exemplo, humm... Gerrard. Não que dois volantes exclusivos de marcação não consigam dominar um jogo, longe disso, mas aí o time já fica mais dependente de seus meias. Vou citar algumas duplas de volantes que pra mim fizeram ou fazem os jogos ficarem mais fáceis para seus times. Clodoaldo e Gerson, Vampeta e Rincon, Pintado e Cerezo, Makelele e Vieira, Mazinho e Cesar Sampaio, Carpegiani e Falcão. E por aí vai... Lampard e Gerrard, Pirlo e De Rossi, Marcos Senna e Xavi.

Meia: Segundo o meu raciocínio, um bom meia é aquele que tentou ser atacante, mas o técnico na categoria de base acho melhor colocá-lo no meio, pois não tinha faro de gol. Um ótimo meia é aquele que tem habilidade, sabe fazer gols e tem um passe apurado. Um excelente meia é aquele que era volante, mas tinha técnica demais para a posição, por isso possui força, controle, toque e posse de bola, aprendeu a driblar, a fazer gols e a ler o jogo. Um bom exemplo de um excelente meia... Zidane, um meia completo. Claro que nem todos foram forjados desta forma, cada um tem sua história, só dei um exemplo, deixamos Ronaldinho, Kaká, Messi, Totti, Riquelme para um outro dia quem sabe.

Ataque: Completando seu time dois atacantes, nesta função tem que haver liga, quimica, combinação e ajuste dos dois homens de frente.Os atacantes precisam fazer o que os meias não fazem, não por incompetência, mas pela função propriamente dita. Por que jogar com Robinho se o Ronaldinho pode desempenhar a função melhor? Perder uma posição porque dois podem executá-la não vale a pena, e um jogador como o Ronaldinho pode fazer essas duas funções sem problema. É preciso haver bom senso em escalações, no caso acima não seria mais útil um jogador como o Nilmar para a posição ou o Kléber do Palmeiras, por exemplo. Não levem os nomes para o lado pessoal, apenas observem como estilo de jogadores e não pelo seus nomes. E por fim, o centroavante, para mim, nem só de restos vive um centroavante, está função é bem mais do que oportunismos e sobras. Me desculpem os mais saudosos, mas ví o Ronaldo jogar desde os seus 16 anos, e não creio que antes dele houve alguém parecido, não sei do futuro, mas acho igualmente que não haverá. Fã? Sim, abertamente e não discuto sobre isso. Aos que acham que não estou sendo imparcial no momento, vou dar uma colher de chá, a partir de agora, observem com carinho o número 9 do Liverpool e da seleção espanhola, vocês não vão se decepcionar.

Abraços.

(Postado originalmente no meu antigo blog dia 14/09/08. Talvez hoje, quase dois anos depois eu tenha algumas colocações diferentes a fazer, mas como minha intenção é somente transferir o texto e não editá-lo, talvez eu escreva novamente como penso.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário